Este ano foi marcado pela disparada do dólar em relação ao real. Durante o ano de 2020 a moeda americana acumulou uma alta de quase 30%. Já a moeda brasileira apresentou um dos piores desempenhos da história.
O fracasso do real só foi superado pela debilitada moeda do país vizinho, o peso argentino. Desde 2003, esse foi o pior ano para a moeda brasileira. É certo que a crise sanitária foi a grande vilã da economia global. Mas ela não foi o único fator determinante para esse fiasco.
Evidentemente que em um ano atípico como esse, os investidores preferiram optar por moedas fortes, como o dólar. Principalmente em meio a quebra de empresas e a consequente redução no nível de empregos em países como o Brasil.
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O rebrote do Covid-19 não ameaça o dólar
O agravamento da crise do novo coronavírus, com o ressurgimento de novos casos nesse fim enterrou de vez as esperanças em um 2021 melhor. Sem contar com o surgimento de uma nova cepa terrivelmente infecciosa do medonho vírus. E as consequentes novas medidas impeditivas de circulação em vários países.
Entretanto, não se pode culpar apenas o vírus pelo desastroso desempenho, do Real em relação ao dólar esse ano. A equipe econômica do governo Bolsonaro deu uma mãozinha, com reduções sucessivas na taxa de juros do país. Hoje a Taxa Básica de Juros se encontra em 2% ao ano, a menor da história.
Visto que isso influiu diretamente sobre o rendimento de ativos brasileiros atrelados à taxa. Desse modo, o Brasil tornou-se um país menos atrativo para os investidores. Mesmo porque existem países emergentes com juros mais atrativos e mesmo nível de risco. Por conseguinte o dólar disparou em relação ao real.
Motivos do fraco desempenho do Real
Igualmente importante para o fracasso da moeda brasileira foi a incerteza fiscal do país. Sobretudo nos últimos meses. Sem contar os gastos com a pandemia e o orçamento magro aprovado para o ano de 2021.
Na verdade, os investidores estão temerosos quanto a possibilidade do Brasil romper com o teto de gastos. E tudo o que os mercados desejam é uma postura firme quanto ao controle de despesas. Mas a postura e o histórico do país não inspiram muita confiança. Desse modo, enquanto o dólar decola o real segue afundando.
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