Não bastassem os estragos que a pandemia causou em termos de mortes, ela também deixou as contas do governo brasileiro em frangalhos. Pois, nunca na história desse país o rombo nas contas públicas foi tão trágico.
O déficit primário ficou acima de R$ 18,241 bilhões no mês de novembro. Ou seja, o pior resultado nos últimos 5 anos. Vale lembrar que esse valor é apenas a diferença entre receita e despesa, não inclui o pagamento de juros da dívida pública.
Similarmente, em outubro as contas já haviam ficado no vermelho, com um saldo negativos de R$ 3,564 bilhões. Mas comparando com o resultado do ano passado houve uma acréscimo em torno de 10% na diferença.
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Composição das contas do governo
Os referidos cálculos englobam as contas do Tesouro, Previdência e Banco Central. Somente de janeiro a novembro, o resultado negativo chegou a R$ 699,105 bilhões. Em resumo, o pior da história, desde o início da contagem, no ano de 1997.
Certamente que esse déficit superará os R$ 700 bilhões quando for incluído o resultado de dezembro. Os planos do governos foram frustrados, visto que sua meta fiscal para 2020 previa um déficit máximo de R$ 124 bilhões em suas contas.
Mas isso sem levar em consideração uma pandemia que pegou o mundo de surpresa. Já que ela forçou a colocada em pauta e aprovação pelo Congresso do decreto de calamidade pública. Porque sem este seria impossível enfrentar a pandemia de forma menos catastrófica, podemos dizer assim.
O governo brasileiro certamente não é conhecido pela eficiência na aplicação dos recursos públicos. Desse modo, tal decreto o desobrigou de cumprir com a Meta Fiscal preestabelecida para 2020. Assim, restou ao governo revisar para cima o déficit em suas contas, obviamente.
Aumentaram as receitas e despesas
O governo brasileiro sempre demonstrou claramente sua incapacidade e incompetência na gestão da coisa pública. Afinal, isso todo mundo já sabe, não dá pra tampar o sol com a peneira. E o saldo das contas do governo sempre foi um fiasco.
Mas, apesar do rombo do mês anterior, o de novembro ainda ficou aquém daquilo que o mercado financeiro esperava. Pois, projeções de entidades independentes apontavam para um déficit superior a R$ 21,9 bilhões.
Por fim, neste mês, tanto as receitas quanto as despesas deram saltos, em comparação com novembro de 2019. A saber, se elevaram em 5,4% e 6,4% respectivamente e sem levar em conta a inflação.
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